Resenha: A Nona Vida de Louis Drax



Número de Páginas: 238
Editora: Record
Idioma: Português
Autor: Liz Jensen
Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges

Skoob/Goodreads
Livro recebido em parceria com o Grupo Editorial Record


Nesse livro acompanhamos a história de Louis Drax, um menino de 9 anos que já sofreu mais acidentes do que se imagina possível para uma vida toda. O primeiro deles aconteceu quando era apenas um bebê e o mais recente quase levou a sua morte. Louis está em coma e segundo a sua mãe, Natalie, o pai do menino foi o responsável. De acordo com seu relato, eles se desentenderam no piquenique de comemoração do nono aniversário do filho, o que acabou com o pai o atirando de um penhasco e fugindo.


Após uma piora em seu estado de saúde, Louis é transferido para o hospital onde trabalha o Dr. Pascal, um especialista em pacientes em coma. A história do menino atrai a atenção do médico, assim como sua frágil e abalada mãe. Cada vez mais envolvido com o caso e com Natalie, Pascal se vê no meio de uma história muito mais sombria do que imagina e começa a questionar o que de fato aconteceu naquela fatídica tarde. 
Esse livro me surpreendeu bastante a acabei gostando mais do que eu imaginava. Quando o solicitei para a editora, fiquei interessada na sinopse, mas quando peguei para ler já tinha se passado um tempo e eu não lembrava direito do que se tratava. Optei por não pesquisar e começar a leitura meio no escuro, sem grandes expectativas. E isso acabou sendo bem positivo. 

A narrativa é alternada entre o Dr. Pascal e Louis, preso em sua mente enquanto está em coma. Lá passado e presente, realidade e fantasia se misturam e Louis vai relatando partes de sua vida a Gustave, um misterioso homem ferido. É através dessas conversas que vamos conhecendo mais sobre seus acidentes e seu comportamento excêntrico (e um tantinho assustador), que o levaram a ser conhecido como O Menino Perturbado na escola. 

Na capa do livro, pelo menos na versão que eu tenho, há a seguinte frase sob o título: Desvende esse mistério. E confesso que não achei muito difícil desvendá-lo, pelo menos em partes. Não sei se foi porque me lembrei de uma história real que tinha lido uma vez ou se algumas pistas eram meio óbvias. Mas por incrível que pareça, isso não estragou o livro pra mim. 

Geralmente não gosto quando descubro o que está por trás do mistério muito antes do final, mas dessa vez continuei interessada na história. Eu não cheguei a me apegar aos personagens, e não sei se isso faz muito sentido, mas fiquei apegada ao que eles estavam vivendo e queria saber mais. Queria descobrir mais sobre Natalie e seu passado e o complexo relacionamento com o filho. 

E quando eu falo que descobri o final, não quero dizer que descobri absolutamente tudo, foi só uma parte. Então ainda foi interessante saber sobre os detalhes que o envolviam (e meio perturbador também).

É uma leitura que eu recomendo para quem gosta da temática, mas aconselho a não criar muitas expectativas. Foi feito um filme inspirado no livro, mas não sei se já estreou no Brasil porque não me lembro de ter ouvido falar.