Resenha: Aristotle and Dante Discover the Secrets of the Universe

This Printz Honor Book is a “tender, honest exploration of identity” (Publishers Weekly) that distills lyrical truths about family and friendship.Aristotle is an angry teen with a brother in prison. Dante is a know-it-all who has an unusual way of looking at the world. When the two meet at the swimming pool, they seem to have nothing in common. But as the loners start spending time together, they discover that they share a special friendship—the kind that changes lives and lasts a lifetime. And it is through this friendship that Ari and Dante will learn the most important truths about themselves and the kind of people they want to be


Número de Páginas: 370
Autor: Benjamin Alire Sáenz
Editora: Simon & Schuster Books for Young Readers
Idioma: Inglês

Segundo livro em inglês que eu leio, eeeeeeeeee *-*
Para quem se interessar, o inglês é muito tranquilo, não tive as mesmas dificuldades que encontrei em Harry Potter. Gostei tanto desse livro que não sei nem o que falar, apenas sentir. Tenho uma dificuldade enorme de escrever resenhas sobre livros que eu amo, mas farei um esforço porque quero muito que todo mundo conheça a história do Ari e do Dante 

O livro é narrado por Aristóteles, um adolescente de 15 anos bastante fechado e com dificuldades de encontrar seu lugar no mundo, de saber quem ele era de verdade e que rumo queria que sua vida tomasse. Ari vive atormentado pela lembrança de seu irmão mais velho que está na cadeia e de quem seus pais se recusam a falar. Ele também tem que lidar com o silêncio quase constante de seu pai, que vive em uma guerra interna desde que voltou de uma de verdade. Ari tem uma boa relação com sua mãe, menos quando ela insiste que ele faça amigos, já que não tem nenhum.

Pois é, meu problema com garotos é que eu não fazia a menor questão de ficar perto deles. Quer dizer, me causavam desconforto. Não sei por quê, exatamente. É que… Sei lá, eu não fazia parte daquele mundo. Acho que o fato de eu ser um deles me deixava absurdamente envergonhado. E a possibilidade de crescer e virar um daqueles babacas me deprimia. Uma garota é como uma árvore? Sim, e um cara é tão inteligente quanto um toco de madeira infestado de cupins. Minha mãe diria que era apenas uma fase. Logo teriam seus cérebros de volta. Ah, claro.

Em uma tarde no clube, Ari conhece Dante, que diz que vai ensiná-lo a nadar. Dante e Ari tinham a mesma idade e pais mexicanos, mas as semelhanças aparentemente paravam por aí. Dante gostava de ler poesia, sabia um pouco sobre tudo e tinha todo um jeito próprio de enxergar o mundo e ao contrário do Ari, parecia muito mais seguro em relação a si mesmo e aos seus sentimentos, os quais não fazia questão nenhuma de esconder. 

Ele sabia nadar, desenhar, conversar. Lia poesia e gostava de si mesmo. Me perguntei como devia ser a sensação de gostar de si mesmo. E por que algumas pessoas gostavam de si mesmas e outras não. Talvez fosse assim mesmo.

Apesar de tantas diferenças, os dois logo se tornam grandes amigos e começam a descobrir mais sobre o mundo um do outro e principalmente sobre eles mesmos.

Eu me identifiquei logo de cara com o Ari, sua personalidade fechada e seus questionamentos sobre a própria vida. Apesar de termos alguns bons anos de diferença, compartilho de muitos de seus dilemas. Gosto muito de personagens e livros mais reflexivos e acho super mágico o fato de alguém que nem sabe da sua existência conseguir colocar em palavras tudo que você sente e criar um personagem com quem você se pareça tanto.

Pensei muito em como expressar o que eu sinto em relação ao Dante, mas acho que essa imagem diz tudo:


Adoro o jeito como ele vê o mundo, as pessoas, como ele aprecia a companhia dos pais...como ele é leve. Eu queria ser mais como o Dante e um pouco menos como o Ari em vários aspectos da minha vida. 

Outra coisa que me agradou muito foi o fato de não só os protagonistas terem uma profundidade psicológica. Há outros personagens que também se destacam, principalmente os pais de ambos. Aliás, as famílias do Dante e do Ari merecem o troféu de melhores famílias literárias. 

Esse não é o tipo de livro que tem sempre muitas coisas grandiosas acontecendo. O ritmo da narrativa é um pouco mais lento (menos pra mim que li igual a uma louca desesperada porque precisava saber uma certa coisa), mas é extremamente gostoso acompanhar o dia a dia e o crescimento dos personagens. 

Como eu imaginava, não consegui colocar em palavras todas minhas impressões acerca desse livro, até porque acredito que ele é muito mais sobre sentir do que qualquer outra coisa, então é muito difícil descrevê-lo. Mas fica aqui a minha recomendação e meu amor por ele 

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